quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

- Oi, tudo bem?

Foi a primeira pergunta da noite.
Pergunta que se repetiu algumas vezes disfarçada em outras palavras:
- Como você está?
(...)
- Então, mas e você?
(...)
- Tá tudo bom?
E, claro, no bom mineirês:
- Cê tá joia?

Não era uma pergunta superficial, não era apenas uma curiosidade.

Queria saber. Queria poder falar. Queria ter permissão para dividir.
Dividir.

É difícil tentar acessar lugares não consentidos e as vezes é preciso desistir da batalha antes mesmo de entrar nela.

Principalmente quando não está certo de que se quer lutar esse combate.

Tropa recolhida e fim de guerras sentimentais.

Já não seremos mais.

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