segunda-feira, 4 de janeiro de 2016



Eu não posso mais falar de amores.


Não posso comer champignon.
Não posso escutar música latina.
E muito menos Pablo Alborán.
Não posso falar de fé.
Não posso imaginar olhos azuis.
Nem mesmo fazer uma caminhada sem destino.

Não ando de patins, não como patatas bravas, não medito no parque e muito menos compro um bom vinho.

Não sinto frio. Não tenho o vento. Não me alegro com o sol.
Não sou eu.


Como pode tudo se transformar em tantos nãos de uma hora pra outra?
Eu que vivi buscando o sim.


Não posso porque não estou preparada para aceitar que a vida já não é isso.

Não está certo não poder falar de amores.

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