terça-feira, 12 de agosto de 2014

A madrugada tem se tornado uma companhia constante de uns dias pra cá.

As horas passam enquanto espero o sono chegar, quando vejo já são duas, três, quatro da manhã.

Seis, sete, oito lá.

Meu pensamento viaja mais longe do que eu irei nos próximos dias. Penso em detalhes, me perco em detalhes, esqueço de detalhes. Não sei quais são. Quais serão. Como será.

Só sei que será.

Ás vezes acho que a madrugada, de certa forma, tem me ajudado. Nela tenho me escutado, tenho convivido comigo.
E o que será essa nova experiência, senão uma busca de autoconhecimento?

Então, que seja!
Despida de raiz, de certezas, de rotinas, e de nem sei mais o quê, espero encontrar uma Marina cada dia mais bacana de conviver.

Ouvi alguém dizer certa vez que a melhor maneira de alcançar o autoconhecimento é pela ação. Que assim seja.

Até logo, minha zona de conforto.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Sempre tive preguiça dos apaixonados pelo Rio de Janeiro.

Até ser engolida pelo encanto da cidade.
Até compreender o quão maravilhosa ela pode ser.
Até me ouvir dizer a frase mais clichê que existe sem me sentir estúpida.
Até me convencer que o Rio de Janeiro realmente continua lindo.
Até romper barreiras.

Afinal, se existe algo realmente inegável, é que o clima ali é completamente outro.
(e abre um sorriso realmente lindo, livre e carregado de positividade)
Inegável e claramente perceptível.

Não é que pra mim o Rio de Janeiro continua lindo, ele simplesmente se apresentou lindo, apareceu sendo, e enfim...
Aquele abraço!

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Parecia que eu te ouvia dizer.
Escutava todas aquelas sua frases e conseguia entender claramente tudo o que queria que eu soubesse.
Assim me permiti.
Foi então que recebi o presente.

Eu, que já ouvi tantas vezes que sou de uma covardia que paralisa, fui inteira coragem.
Uma coragem, por incrível que pareça, totalmente paralisante.

Tão congelante que ainda agora me faz perder em pensamentos de como deveria ter sido o que já foi maravilhoso.
Tão explosivo que me faz querer mais.

Viver é facil. É só dizer sim e ir.



"...Vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir..."

quinta-feira, 15 de maio de 2014

E de repente a tempestade...

Não sei dizer se é só comigo que isso acontece, mas tenho a impressão que ás vezes vivo em um mar de calmaria, sem ventos para impulsionar minhas velas. Uma calmaria quase sem fim.

Nada acontece, nada muda, nada aparece.
Não sou uma pessoa que vive bem com nadas.

Sou de tudo, de acontecer. O nada me enche de tédio, me entristece, pesa a vida.
E eu, sempre querendo ser leve. Nem sempre conseguindo.

Quando a calmaria sufoca e o vento se faz tão necessário que parece que o ar do mundo está acabando, bem... É aí que tudo começa.

Ventos, trovoadas! Chuvas e chuvas de tudo o que faltava no nada. Tudo e mais além.
As coisas começam a acontecer uma atrás da outra, uma por cima da outra, uma junto da outra.
Uma tempestade de acontecimentos.

O nada se transforma em tudo em questão de segundos.

Tudo acontece em uma velocidade tão assustadora que não consigo acompanhar. Só quero abraçar o mundo, conseguir viver o que me é proposto, o que me é apresentado.

Até que a tempestade começa a assustar.


Calmaria assusta, tempestade também.



Então eu quero é viver de vento, de brisa, de chuva boa, daquelas de verão, molhando a alma!

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Não tenho vivido

Estranho pensar em vidas que vão. Vidas que foram entrelaçadas com a minha, partindo assim.
Jogando na minha cara as oportunidades que perdi.

Parece que é sempre assim, o roteiro se repete. Repete, mas de uma maneira completamente diferente, de um jeito que a gente nem imagina, fugindo totalmente de qualquer controle que poderia existir.

Impotência. Talvez um dos sentimentos mais esmagadores.
Arrependimento. Talvez um dos sentimentos mais doídos.

Foi assim com você, Thiago, e até hoje imagino como teria sido nossa viagem para o Rio, naquele albergue que era 'um lugar alternativo, para pessoas alternativas'. Pena que naquela época você tinha uma prima muito careta para isso, e quem perdeu fui eu.

E...

Foi assim com você, Phael, e agora imagino como teria sido assistir você no teatro. Enquanto vivia um dos momentos mais libertos e felizes da sua vida, recebi o convite para estar ali, assistindo de perto seu êxtase. Eu não estive lá. Pena que naquela época você tinha uma amiga muito medrosa para frequentar lugares novos, e quem perdeu fui eu.

Talvez essas coisas só nos mostrem o quanto não temos vivido.

Phael, você foi meu confidente e meu melhor amigo em muitos momentos do meu passado. E sim, a gente precisava se ver. Eu precisava te ver.
Não deu.

Vá em paz, meu amigo.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Talvez... Ás vezes...

Talvez eu só não queira enxergar que piso no chão de labirinto, sem saber onde está a saída ou o final.
Podendo ser ainda pior, caminho sem saber o que vou encontrar ao me deparar com a saída.
Mas caminho. Ás vezes como criança em meio a uma brincadeira, ás vezes como adulto apavorado com as incertezas.


Talvez eu crie fantasias de que está ali, bem ali, comigo.
Isso. Está, não só ali, mas comigo.

Está?

Talvez e ás vezes, os dias vão passando.

Desejando o certo, certeiro, com certeza.
Mas, como pedir?

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Stand-by

Estranho como o tempo simplesmente não passa.
Horas estátuas, dias paralisados. Nada, nada, nada.
Tudo se arrastando ao meu redor.

Tudo incomoda, irrita, faz o pensamento ir longe.

Longe.

Tudo muito longe, tudo diferente. Tudo meio fora do lugar.
Procurando um lugar.
Mas, que lugar é esse?

Pausa.


Pausa. Dramática.


Tudo assim, suspenso.
Aguardando certezas. Cadê?

Elas demoram. Não chegam.
Vão chegar?


Pra quê? Por que precisar de tantas certezas, menina?
Pra que tanta raiz, tanta âncora, tanto chão?