Hoje faz um mês que o Thiago se foi. Lembro que naquele dia eu não queria dormir e, ao mesmo tempo, não queria ter que acordar. Parecia mentira, ainda parece.
Eu sinto falta.
Sinto falta de nossas conversas intermináveis. De nossas brincadeiras. Faz falta nossos papos sobre a vida, ele com uma vontade intensa de viver tudo até a última gota, de experimentar e eu sempre repetindo ''Thiago, você tem que criar juízo"... ele rebatia "Marina, você tem que perder juízo".
Sinto falta de o ouvir falar sobre seu sonho de fazer um filme, seu sonho de escrever um livro, seu sonho de ser ator, seu sonho de morar fora, seu sonho de ser feliz, seu sonho de ser livre. Thiago era feito de sonhos, de emoções, de sentimentos. Isso era o que mais encantava nele.
Encantava também o jeito carinhoso como ele abraçava. E mais, como ele apertava o meu cotovelo e quando fazia isso não perdia a oportunidade de falar bem alto ''nossa, como seu cu é gostoso'', principalmente quando tinha alguém desconhecido por perto, só para me deixar morrendo de vergonha.
Ah, Thiago, como você faz falta em cada detalhe.
Essa semana ouvi uma frase sobre ele, que me confortou de maneira especial. "A vida é feita de escolhas. O Thiago escolheu viver as emoções intensamente, escolheu correr atrás dos seus sonhos e do que tinha vontade de fazer. E que bom que ele escolheu isso!"
Sim, que bom que você escolheu viver assim, que bom que você realizou muito dos seus sonhos em tão pouco tempo, que bom que você foi feliz e fez tanta gente feliz.
Que bom que você viveu...
sábado, 30 de abril de 2011
sábado, 16 de abril de 2011
Incomoda
Não sei o que falta. Mas incomoda.
Incomoda o fato de não ter com quem dividir, mesmo tendo mil pessoas a minha volta.
Falta. Incomoda também o fato de não ser falta de alguém específico.
Falta simplesmente alguém. Um alguém que vai se fazer presente, que vai somar, que vai dividir que vai multiplicar: os sonhos, as espectativas, as dores, os desejos, a solidão.
Falta e incomoda.
"Vamos unir as palavras, os gestos, os anseios, as carências... Dividir os frutos, os acordes.... a solidão..."
Incomoda o fato de não ter com quem dividir, mesmo tendo mil pessoas a minha volta.
Falta. Incomoda também o fato de não ser falta de alguém específico.
Falta simplesmente alguém. Um alguém que vai se fazer presente, que vai somar, que vai dividir que vai multiplicar: os sonhos, as espectativas, as dores, os desejos, a solidão.
Falta e incomoda.
"Vamos unir as palavras, os gestos, os anseios, as carências... Dividir os frutos, os acordes.... a solidão..."
sexta-feira, 15 de abril de 2011
'Sobra tanta falta...'
Nesses dias, em que a impressão que tenho é que não deveria ter acordado, é que você me faz mais falta. (e em todos os outros também)
Me faz falta aquele seu abraço apertado, aquela sua falta de jeito em dar conselhos. Até mesmo o seu jeito desligado para lidar com sentimentos. Sim, até isso me faz falta.
Sinto falta dos dias que vivemos e dos que não vivemos.
Sinto falta do seu sorriso quando me via e da sensação feliz de te esperar todos os dias para irmos juntos para UFMG.
Sinto falta de implicar com você e mais ainda da sua implicância comigo.
Das nossas longas conversas, de ouvir suas histórias da faculdade, de admirar seus desenhos, de assistir um filme juntos, da sua obsessão por computação gráfica, animação gráfica, animação digital ou sei lá que nome se dá a isso.
Da insegurança por ser apenas uma menininha, descobrindo um novo mundo.
Sinto falta de sonhar seus sonhos contigo e dividir os meus.
De todas as críticas que você fazia á minha forma fantasiosa de observar a vida.
De te pedir insistentemente para não passar o dia todo sem comer, te pedir para cuidar da saúde, te pedir para cuidar de você.
Faz falta ouvir você me chamar de coisinha.
Sinto saudades, muitas saudades.
Mas vai passar, tem que passar.
Ou talvez vai ficar. Talvez não tenha que passar.
Talvez... que imensidão de possibilidades cabem em um talvez.
Me faz falta aquele seu abraço apertado, aquela sua falta de jeito em dar conselhos. Até mesmo o seu jeito desligado para lidar com sentimentos. Sim, até isso me faz falta.
Sinto falta dos dias que vivemos e dos que não vivemos.
Sinto falta do seu sorriso quando me via e da sensação feliz de te esperar todos os dias para irmos juntos para UFMG.
Sinto falta de implicar com você e mais ainda da sua implicância comigo.
Das nossas longas conversas, de ouvir suas histórias da faculdade, de admirar seus desenhos, de assistir um filme juntos, da sua obsessão por computação gráfica, animação gráfica, animação digital ou sei lá que nome se dá a isso.
Da insegurança por ser apenas uma menininha, descobrindo um novo mundo.
Sinto falta de sonhar seus sonhos contigo e dividir os meus.
De todas as críticas que você fazia á minha forma fantasiosa de observar a vida.
De te pedir insistentemente para não passar o dia todo sem comer, te pedir para cuidar da saúde, te pedir para cuidar de você.
Faz falta ouvir você me chamar de coisinha.
Sinto saudades, muitas saudades.
Mas vai passar, tem que passar.
Ou talvez vai ficar. Talvez não tenha que passar.
Talvez... que imensidão de possibilidades cabem em um talvez.
Estar e não estar
Nunca soube estar e, ao mesmo tempo, não estar com alguém. Não sei agir assim. Não gosto e o mais importante: não quero.
Quando estou com uma pessoa gosto de ser inteira. De realmente viver o sentimento, viver o relacionamento da maneira que deve ser.
Não digo isso apenas quando a necessidade de querer estar junto vem de mim.
O contrário também não me seduz.
Quando não quero, não quero e fim. Não gosto de fingir que está tudo bem e ir levado.
Minha vida pode não ser intensa, mas meus sentimentos são. Sempre foram.
Prefiro não viver a viver pela metade.
Prefiro viver o sentimento completamente a fingir.
Prefiro ser honesta comigo, com meus sentimentos e com os sentimentos do outro.
Não que eu tenha conseguido agir a vida inteira da maneira que idealizo. Mas tento.
Apesar de que, como dizem, de boa intenção o inferno tá cheio.
Mas é com o treino que se adquire experiência, não é mesmo?
Eu vou tentando... e se por acaso tropecei em algum momento, meu sincero pedido de desculpas.
Quando estou com uma pessoa gosto de ser inteira. De realmente viver o sentimento, viver o relacionamento da maneira que deve ser.
Não digo isso apenas quando a necessidade de querer estar junto vem de mim.
O contrário também não me seduz.
Quando não quero, não quero e fim. Não gosto de fingir que está tudo bem e ir levado.
Minha vida pode não ser intensa, mas meus sentimentos são. Sempre foram.
Prefiro não viver a viver pela metade.
Prefiro viver o sentimento completamente a fingir.
Prefiro ser honesta comigo, com meus sentimentos e com os sentimentos do outro.
Não que eu tenha conseguido agir a vida inteira da maneira que idealizo. Mas tento.
Apesar de que, como dizem, de boa intenção o inferno tá cheio.
Mas é com o treino que se adquire experiência, não é mesmo?
Eu vou tentando... e se por acaso tropecei em algum momento, meu sincero pedido de desculpas.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
A espera.
Ela adora a maneira como ele a abraça, como seus olhares se encontram e como tudo o que ele diz a faz sorrir.
Ela tem vontade de lhe dizer quantos minutos por dia seus pensamentos são preenchidos com sua imagem e quantas palavras são ditas sobre ele.
Ela tem medo, medo de se envolver. Medo dele não pensar como ela. Medo.
Mas por que sentir medo?
Ela não vê sentido para isso. Mas sente.
Ela acredita no sentimento simples e puro.
Viver de joguinhos amorosos? Nunca soube.
E não faz questão nenhuma de aprender.
Com ela é ou não é. Quer ou não quer.
Mas e ele? Ele não sabe se fica ou se vai.
Se quer ou não quer.
Se gosta ou não gosta.
Até quando? Ela se pergunta, sem saber mais o que esperar.
Ou se vai esperar.
(por Marina Nunes)
Ela tem vontade de lhe dizer quantos minutos por dia seus pensamentos são preenchidos com sua imagem e quantas palavras são ditas sobre ele.
Ela tem medo, medo de se envolver. Medo dele não pensar como ela. Medo.
Mas por que sentir medo?
Ela não vê sentido para isso. Mas sente.
Ela acredita no sentimento simples e puro.
Viver de joguinhos amorosos? Nunca soube.
E não faz questão nenhuma de aprender.
Com ela é ou não é. Quer ou não quer.
Mas e ele? Ele não sabe se fica ou se vai.
Se quer ou não quer.
Se gosta ou não gosta.
Até quando? Ela se pergunta, sem saber mais o que esperar.
Ou se vai esperar.
(por Marina Nunes)
terça-feira, 12 de abril de 2011
E a felicidade?
Lembro diariamente do meu primo, Thiago, dizer: "Marina, você tem que aproveitar mais a vida. Você é muito certinha. Não sabe viver."
Ele não disse isso uma ou duas vezes, foram incontáveis.
Ele não foi o único a dizer.
E se o Thiago tivesse razão? E se, na verdade, a única coisa que eu realmente preciso é aproveitar mais a vida?
Nunca gostei de pensar em 'se'. Aliás, sempre que escuto alguém dizer 'e se eu tivesse feito isso ou aquilo', respondo rapidamente com um 'se não existe!'. Sim, pensar no que deveria ter sido e não foi é algo torturante e não faz mudar nada. Portanto, SE não existe e fim!
Mas e o SE pensando no futuro? Se eu fizer assim ou assado? Acredito que este 'se' existe e é necessário.
Nunca achei que ser 'certinha' seja algo ruim. E continuo sem achar.
Mas e o fato de não saber aproveitar a vida? Isso tem martelado na minha cabeça dia após dia.
Quando as pessoas falam para eu ter juízo, sempre respondo que tenho juízo de sobra. E isso é a mais pura verdade, tenho juízo pra dar e vender.
Mas quão bom pode ser perder um pouquinho desse juízo ás vezes?
Acredito que as pessoas devem ser feliz da maneira que desejarem ser. Com ou sem juízo, com ou sem um amor, com ou sem qualquer coisa. O importante é estar feliz, e sem prejudicar os outros!
E a frase do Thiago, tem me feito pensar nessa minha felicidade. Sou feliz com o meu juízo e serei feliz aprendendo perder ele um pouquinho, mas só de vez em quando! ;)
Ele não disse isso uma ou duas vezes, foram incontáveis.
Ele não foi o único a dizer.
E se o Thiago tivesse razão? E se, na verdade, a única coisa que eu realmente preciso é aproveitar mais a vida?
Nunca gostei de pensar em 'se'. Aliás, sempre que escuto alguém dizer 'e se eu tivesse feito isso ou aquilo', respondo rapidamente com um 'se não existe!'. Sim, pensar no que deveria ter sido e não foi é algo torturante e não faz mudar nada. Portanto, SE não existe e fim!
Mas e o SE pensando no futuro? Se eu fizer assim ou assado? Acredito que este 'se' existe e é necessário.
Nunca achei que ser 'certinha' seja algo ruim. E continuo sem achar.
Mas e o fato de não saber aproveitar a vida? Isso tem martelado na minha cabeça dia após dia.
Quando as pessoas falam para eu ter juízo, sempre respondo que tenho juízo de sobra. E isso é a mais pura verdade, tenho juízo pra dar e vender.
Mas quão bom pode ser perder um pouquinho desse juízo ás vezes?
Acredito que as pessoas devem ser feliz da maneira que desejarem ser. Com ou sem juízo, com ou sem um amor, com ou sem qualquer coisa. O importante é estar feliz, e sem prejudicar os outros!
E a frase do Thiago, tem me feito pensar nessa minha felicidade. Sou feliz com o meu juízo e serei feliz aprendendo perder ele um pouquinho, mas só de vez em quando! ;)
sábado, 9 de abril de 2011
Estória sem fim...
Era o dia de todos os alunos ficarem angustiados. Todos não, mas aqueles da turma do fundo que preferiam uma boa conversa a prestar atenção na aula, sim. Ah, estes estavam por engolir os dedos de tanta ansiedade. Isa era uma dessas, esperava com aflição o seu boletim escolar. Observou de longe a professora com aquele bloco na mão. Quando ouviu seu nome caminhou como um robô ao encontro daquele pedaço de papel que tinha o poder de estragar o seu fim de semana. Pronto, lá estava uma única nota vermelha, QUÍMICA.
Isa, quando criança, adorava misturar coisas dizendo que estava fazendo experiências, cresceu ouvindo que química seria sua matéria preferida e seu destino no ensino superior. Bom, não foi bem assim que as coisas aconteceram.
No caminho do colégio para casa, ela só pensava em como iria dar a notícia para os pais. Não que eles já não esperassem, mas ter certeza é bem diferente de desconfiar. A noite quando chegaram do serviço a única coisa que Isa teve coragem de dizer foi: Pai, mãe, vocês têm que assinar meu boletim. E deixou o papel cair sobre a mesa do jantar.
A prova de recuperação seria em duas semanas e Ísis, mãe de Isa, achou que ela precisava de aulas particulares.
- Droga! Pensou Isa. Agora além de ter que fazer outra prova, teria que ficar estudando diariamente a matéria que tanto odiava.
O que ela não sabia é que sua vida mudaria completamente a partir dali.
Talvez eu continue a escrever esta história. Talvez não.
Sei que muitas pessoas já a conhecem. Eu a conheço bem, claro com personagens com outro nome. Mas aí... bem, melhor deixar pra lá.



