De talvez em talvez que tenho vivido os últimos anos.
Vivo mergulhada em um talvez que dói.
Não quero tremer toda vez que sei que está aqui. Ou quero, mas não da maneira que acontece agora.
Não quero ter que esconder de todo mundo o quanto eu penso em você, ou o quanto eu tenho medo de pensar em você.
Não quero continuar fingindo que não me interesso quando escuto qualquer pessoa falando seu nome.
Não quero carregar o peso de ter te magoado profundamente e jamais ter a chance de conquistar um perdão.
Não quero ter que estar bêbada em uma festa para beijá-lo.
Não quero beijar e ter que sair correndo.
Quero que me beije. Pelo simples fato de querer!
Não quero fingir que nada acontece quando nossos olhares se cruzam, e que o brilho deles não conversam.
Não quero ter raiva da sua falta de atitude.
Não quero me sentir desejada e depois mergulhar em dúvidas sobre o que você pensa.
Não quero ter que imaginar o que passa na sua cabeça.
Quero saber! Quero ter certezas. Sejam elas quais forem.
Sem talvez, sem achismos.
Mas no meio, ou no final, sempre me afogo em suas certezas incertas.
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
segunda-feira, 8 de julho de 2013
...
Acho que queria um porre num bar sujo e todos os cigarros que nunca fumei. Voltar a hora que quiser e fazer o que bem entender, sem medos, culpas ou mágoas. Sem preconceitos. De cabeça aberta e coração protegido.
Acho que queria algumas músicas alegres nas notas de um violão desafinado. Ou quem sabe algumas notas tristes. Queria ser revolta, cuspida na cara. Queria ferver de medo, mas sem armaduras.
Mas acho que ainda quero algo comedido demais, calmo demais, espiritualizado demais, saudável demais.
Talvez eu tivesse a mania de me enfiar em capítulos de príncipe e princesa, derramando finais felizes em páginas de um diário secreto.
Só que agora, não consigo mais. Tudo perdido, tudo sem trajetória. Tudo sem achismos.
Agora eu não olho mais nos olhos, pra não ter que olhar pra trás.
Talvez seja crueldade querer de mim aquilo que não quero ou não posso dar. Porque é sempre mais fácil culpar o auto sabotamento com desculpas vazias. Será que estou me auto sabotando?
Começo achar que as respostas deveriam ser mais fáceis e claras. Por que os signos do zodíaco, com todas as suas características não conseguem me convencer? Por que um coração tão cético? Talvez se acreditasse em coisas tolas poderia haver, para mim, várias outras explicações e achar vários outros caminhos. 'Bem, hoje o meu horóscopo disse isso', quem sabe 'as cartas do tarô me guiaram' ou qualquer coisa do tipo.
Mas a verdade é que sou minha e do mundo. Porque eu tenho tentado cuidar dos meus vazios, e para isso mergulhei no fundo do fundo dos meus abismos, e tenho achado coisas tão boas quanto respirar na superfície.
Eu não chorei. Mas fiquei aos prantos. Como pode? Coração estraçalhado, dor aguda, forte... e depois o medo. O vazio.
Mas eu não posso reclamar do que estou perdendo, porque eu tenho ganhado tanta coisa quando nem precisava. E talvez seja mesmo melhor o que vem pela frente. Melhor gastar meu pensamentos com isso. O que vem. Chega logo.
Importante ressaltar: eu não chorei. Mas estive aos prantos.
Importante dizer: não era falta de saudade, era desapego. Não era falta de amor, era a certeza do tempo esgotado. Não era falta de interesse, era uma profunda ocupação com o entendimento do que era minha vida.
Nunca fui de mágoa, mas aprendi a ser de indiferença.
Mudei. Sem perceber. Sem sentir. Mas quando assustei, já não era eu quem estava ali. Não é exagero, nem escolha. Aconteceu. Sempre assim. Acontecem coisas que fogem do meu controle emocional.
Acho que eu não tinha mais tempo pra ser aquela pessoa certa. Não consigo superar minhas expectativas emocionais. Isso é frustrante.
Confesso que quando recebo tuas palavras, algo se mexe aqui dentro, arranha meu sorriso, embarga minha voz, abaixa minha cabeça, incha meus olhos de água salgada… Eu gostaria de ser uma lembrança boa.
Estou com tanta ressaca por dentro. Não sabia que existia ressaca de sentimentos. Talvez a gente só consiga percebê-la depois de muitas ressacas de álcool. Eu tive muitas. Você não pode acreditar no que virou o meu mundo.
Lembro que sentada naquele ônibus lotado, sozinha, tive vertigens de pássaro que tenta alçar voo com sua asa partida, que tenta ir para o ninho e não consegue e se pergunta como pode tudo isso estar acontecendo.
Tudo no meu canto é fragilidade e despedida. Tive ímpetos de escrever algo. Tenho tido essas explosões com frequência. Escrever sobre mim, sobre minhas impressões, minhas alegrias, minhas tristezas, coragens e medos. Tudo, tudo, tudo. Derramar tinta no papel, apertar o dedo sob o teclado. Palavras e mais palavras.
Talvez hoje, tenha que te dizer algo.
Talvez hoje, tenha que te dizer algo.
Queria dizer todas as suas inúmeras qualidades, para que você acreditasse mais em sua capacidade. Assim, livre, poderia seguir feliz. Mas você já se deu ao trabalho de me jogar na cara várias vezes, todas elas. E as minhas.
Então tudo que consigo escrever é:" Desculpe, não se pode negociar com a vida. Porque às vezes, ser um homem curado de um amor, pode ser muito melhor que ser um homem amado por mim! Porque eu sempre quis um romance, quis um filme, mas sempre acabo sendo um conto breve sem pontuações definidas. Eu queria um amor de novela, mas não aprendi que na vida real as histórias tem outros enredos. Eu, amando intensamente, talvez nunca tenha aprendido a amar. Desculpe."
quarta-feira, 26 de junho de 2013
É, eu deveria estar na manifestação. É, eu nem devia ter cogitado a possibilidade estar aqui.
É, isso! O que eu vim caçar? Só sarna para me coçar, ilusão para alimentar e cara para quebrar. Apenas isso.
Mas... Talvez... Talvez eu devesse mesmo estar aqui.
Afinal, se decepcionar pela milésima vez já não dói tanto. Você ainda não cansou disso né, dona? Vamos lá!
O apito anuncia o início do espetáculo. Os olhares, os abraços, os carinhos. As provocações! Como não perceber? Como não sentir? Como não fantasiar?
E você sempre ignorou esse fato, seguindo seu caminho.
E eu nunca vou entender.
Eu nunca vou saber porque a vida é assim.
É como se isso tudo fosse tão grande, tão absurdo que praticamente não é!
É como se nem existisse.
E aí, eu desencano, de tanto que encano.
E aí, já não é mais!
domingo, 19 de maio de 2013
Logo comigo, logo pra mim, logo atrás de mim, logo eu, logo nós, logo agora...
Você nem tem nada a ver comigo!
Eu nem gosto do seu jeito, do seu sorriso irônico, da sua canalhice, das suas roupas, da sua barba, da sua cara de debochado, da sua pulseira velha, do seu desprendimento, do seu colar ou dos seus brincos.
Eu nem gosto de você!
Por que resolveu assim, do nada, que era eu quem você ia beijar? Por que gastar energia e o papinho de conquistador logo comigo?
Logo comigo.
E você? De você, eu até gosto.
Mas quem disse que gosto do seu cheiro de cigarro, da sua falta de cuidado com a saúde, das drogas que usa, do álcool que consome? Quem disse?
Por que dizer aquelas palavras, logo pra mim, que gostei de ouvi-las?
Logo pra mim, que gosto de te ouvir, gosto das suas ideias, da sua liberdade, da sua coragem, da sua conversa?
Logo pra mim.
Bem, tem você. De você, eu gosto.
Só não gosto dos seus mistérios, dos seus enigmas, do seus segredos, não gosto do que me fazes imaginar e da insistente barreira invisível que distancia.
Eu tava quieta. Por que veio atrás dos meus conselhos, abraços, companhia e mesmo assim insiste nesse distanciamento?
Logo atrás de mim, e me fez gostar ainda mais da sua conversa, dos seus pensamentos, da sua atenção, do seu carinho, da companhia, dos seus objetivos e comprometimento.
Logo atrás de mim.
Sempre terá você. E você, eu amo.
Mas odeio sua falta de atitude, seu medo, os traumas que causei, a distância física e emocional, sua infantilidade, e tantas outras coisas.
Eu disse pra mim que não deveria começar isso, que tinha medo de estragar, eu me avisei. Mas já que insisti, já que funcionou, por que não continuar? Re-tentar? Por todos os motivos já falados? Balela! Eu que acreditava tanto...
Logo eu, que era tão inocente, que te admira, que fugia, que pisei na bola, que me arrependi, que... que...
Logo eu, logo você.
Logo nós?
Continuo nem gostando de várias coisas, gostando de várias outras e aprendendo a gostar e desgostar de coisas novas.
Logo agora, pagando língua.
Eu nem gosto do seu jeito, do seu sorriso irônico, da sua canalhice, das suas roupas, da sua barba, da sua cara de debochado, da sua pulseira velha, do seu desprendimento, do seu colar ou dos seus brincos.
Eu nem gosto de você!
Por que resolveu assim, do nada, que era eu quem você ia beijar? Por que gastar energia e o papinho de conquistador logo comigo?
Logo comigo.
E você? De você, eu até gosto.
Mas quem disse que gosto do seu cheiro de cigarro, da sua falta de cuidado com a saúde, das drogas que usa, do álcool que consome? Quem disse?
Por que dizer aquelas palavras, logo pra mim, que gostei de ouvi-las?
Logo pra mim, que gosto de te ouvir, gosto das suas ideias, da sua liberdade, da sua coragem, da sua conversa?
Logo pra mim.
Bem, tem você. De você, eu gosto.
Só não gosto dos seus mistérios, dos seus enigmas, do seus segredos, não gosto do que me fazes imaginar e da insistente barreira invisível que distancia.
Eu tava quieta. Por que veio atrás dos meus conselhos, abraços, companhia e mesmo assim insiste nesse distanciamento?
Logo atrás de mim, e me fez gostar ainda mais da sua conversa, dos seus pensamentos, da sua atenção, do seu carinho, da companhia, dos seus objetivos e comprometimento.
Logo atrás de mim.
Sempre terá você. E você, eu amo.
Mas odeio sua falta de atitude, seu medo, os traumas que causei, a distância física e emocional, sua infantilidade, e tantas outras coisas.
Eu disse pra mim que não deveria começar isso, que tinha medo de estragar, eu me avisei. Mas já que insisti, já que funcionou, por que não continuar? Re-tentar? Por todos os motivos já falados? Balela! Eu que acreditava tanto...
Logo eu, que era tão inocente, que te admira, que fugia, que pisei na bola, que me arrependi, que... que...
Logo eu, logo você.
Logo nós?
Continuo nem gostando de várias coisas, gostando de várias outras e aprendendo a gostar e desgostar de coisas novas.
Logo agora, pagando língua.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Sozinha.
Tudo bem, se é o caso, eu me viro sozinha. S-O-Z-I-N-H-A... Viu, nem é tão assustador assim.
Tudo bem, eu sei lidar com a vida só.
Afinal, sempre fui melhor trabalhando individualmente, sempre tive preguiça de trabalhos em grupo, até mesmo na escola.
.
.
.
É, pensando por esse lado, é fácil.
.
.
.
Irônico é que muitas vezes eu tive que amar sozinha, sofrer sozinha, sorrir sem ajuda de ninguém e esquecer.
Tudo isso era péssimo.
.
.
.
Não mais.
.
.
.
Eu tô indo bem nessa história, não vem me atrapalhar e dizer que não sou feliz assim. Nem pense em mudar minha cabeça, logo agora que decidi que assim é melhor.
.
.
.
Sozinha.
.
.
.
Preciso dormir!
Tudo bem, se é o caso, eu me viro sozinha. S-O-Z-I-N-H-A... Viu, nem é tão assustador assim.
Tudo bem, eu sei lidar com a vida só.
Afinal, sempre fui melhor trabalhando individualmente, sempre tive preguiça de trabalhos em grupo, até mesmo na escola.
.
.
.
É, pensando por esse lado, é fácil.
.
.
.
Irônico é que muitas vezes eu tive que amar sozinha, sofrer sozinha, sorrir sem ajuda de ninguém e esquecer.
Tudo isso era péssimo.
.
.
.
Não mais.
.
.
.
Eu tô indo bem nessa história, não vem me atrapalhar e dizer que não sou feliz assim. Nem pense em mudar minha cabeça, logo agora que decidi que assim é melhor.
.
.
.
Sozinha.
.
.
.
Preciso dormir!
terça-feira, 14 de maio de 2013
Tenho duas opções e não tenho uma.
Tenho todos os dias, e ás vezes duas para um único dia.
Juntando as duas, batendo um detalhe de cá com outro de lá, não me sobra metade de uma boa opção.
Engraçado como as duas opções podem se completar em alguns aspectos. Seria perfeito se pudesse ser assim, o que falta de um lado, sobra no outro. Assim vamos compensando aqui e ali.
Talvez, dessa maneira, seria uma boa opção ter duas opções.
Duas opções, nenhuma opção.
Tenho todos os dias, e ás vezes duas para um único dia.
Juntando as duas, batendo um detalhe de cá com outro de lá, não me sobra metade de uma boa opção.
Engraçado como as duas opções podem se completar em alguns aspectos. Seria perfeito se pudesse ser assim, o que falta de um lado, sobra no outro. Assim vamos compensando aqui e ali.
Talvez, dessa maneira, seria uma boa opção ter duas opções.
Duas opções, nenhuma opção.
domingo, 12 de maio de 2013
E aí que uma preguiça enorme se instalou no meu coração.
Preguiça de sentimento, de paixão, de acreditar, de querer, de começar, recomeçar ou blábláblá.
Já conheço essa história e é tanta energia desprendida pra no final não ser nada. Quanto mais o tempo passa, eu fico menos à vontade de alimentar qualquer coisa e com muito mais preguiça de acreditar.
Preguiça de sentimento, de paixão, de acreditar, de querer, de começar, recomeçar ou blábláblá.
Já conheço essa história e é tanta energia desprendida pra no final não ser nada. Quanto mais o tempo passa, eu fico menos à vontade de alimentar qualquer coisa e com muito mais preguiça de acreditar.
"Aprendi a amar menos, o que foi uma pena, e aprendi a ser mais cínica com a vida, o que também foi uma pena, mas necessário. Viver pra sempre tão boba e perdida teria sido fatal."
domingo, 5 de maio de 2013
Era importante parecer confiante - ela já tinha percebido isso faz tempo.
Mas como parecer confiante quando as pernas tremem? Quando seus passos são milimetricamente observados? Quando todas as suas ações servem de base para reações muito bem treinadas? Quando se tem total noção que está caindo em um buraco sem fim?
Talvez seu fim seja trágico.
Talvez seja de novo cenas daquele conhecido circo.
Não será a primeira vez que o espetáculo acontece. Talvez não seja a última.
Se a via-crucis virou circo? Bem, estou aqui.
Mas como parecer confiante quando as pernas tremem? Quando seus passos são milimetricamente observados? Quando todas as suas ações servem de base para reações muito bem treinadas? Quando se tem total noção que está caindo em um buraco sem fim?
Talvez seu fim seja trágico.
Talvez seja de novo cenas daquele conhecido circo.
Não será a primeira vez que o espetáculo acontece. Talvez não seja a última.
Se a via-crucis virou circo? Bem, estou aqui.
Querido, não vai dar certo essa nossa história.
Esqueça, entendeu?
Me esqueça imediatamente. Agora. Já!
Nunca mais sequer lembre que eu existo. Esqueça!
.
.
.
E aí, já esqueceu? Ainda não?
.
.
.
Já não falei que era para esquecer? Que coisa!
.
.
.
Hum... Ah, ufa, já esqueceu! Não? Duvido.
Ok, esqueceu.
.
.
.
Tá, tenho certeza que você ainda não esqueceu. Me prove.
Bem, isso não serve de prova.
.
.
.
Esqueceu? É, esqueceu...
.
.
.
Não, espera.
Quem disse que era para você me esquecer assim?
Voltaqui!