domingo, 19 de maio de 2013

Logo comigo, logo pra mim, logo atrás de mim, logo eu, logo nós, logo agora...

Você nem tem nada a ver comigo!
Eu nem gosto do seu jeito, do seu sorriso irônico, da sua canalhice, das suas roupas, da sua barba, da sua cara de debochado, da sua pulseira velha, do seu desprendimento, do seu colar ou dos seus brincos.
Eu nem gosto de você!
Por que resolveu assim, do nada, que era eu quem você ia beijar? Por que gastar energia e o papinho de conquistador logo comigo?
Logo comigo.


E você? De você, eu até gosto.
Mas quem disse que gosto do seu cheiro de cigarro, da sua falta de cuidado com a saúde, das drogas que usa, do álcool que consome? Quem disse?
Por que dizer aquelas palavras, logo pra mim, que gostei de ouvi-las?
Logo pra mim, que gosto de te ouvir, gosto das suas ideias, da sua liberdade, da sua coragem, da sua conversa?
Logo pra mim.


Bem, tem você. De você, eu gosto.
Só não gosto dos seus mistérios, dos seus enigmas, do seus segredos, não gosto do que me fazes imaginar e da insistente barreira invisível que distancia.
Eu tava quieta. Por que veio atrás dos meus conselhos, abraços, companhia e mesmo assim insiste nesse distanciamento?
Logo atrás de mim, e me fez gostar ainda mais da sua conversa, dos seus pensamentos, da sua atenção, do seu carinho, da companhia, dos seus objetivos e comprometimento.
Logo atrás de mim.



Sempre terá você. E você, eu amo.
Mas odeio sua falta de atitude, seu medo, os traumas que causei, a distância física e emocional, sua infantilidade, e tantas outras coisas.
Eu disse pra mim que não deveria começar isso, que tinha medo de estragar, eu me avisei. Mas já que insisti, já que funcionou, por que não continuar? Re-tentar? Por todos os motivos já falados? Balela! Eu que acreditava tanto...
Logo eu, que era tão inocente, que te admira, que fugia, que pisei na bola, que me arrependi, que... que...
Logo eu, logo você.
Logo nós?



Continuo nem gostando de várias coisas, gostando de várias outras e aprendendo a gostar e desgostar de coisas novas.
Logo agora, pagando língua.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Sozinha.
Tudo bem, se é o caso, eu me viro sozinha. S-O-Z-I-N-H-A... Viu, nem é tão assustador assim.
Tudo bem, eu sei lidar com a vida só.
Afinal, sempre fui melhor trabalhando individualmente, sempre tive preguiça de trabalhos em grupo, até mesmo na escola.
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É, pensando por esse lado, é fácil. 
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Irônico é que muitas vezes eu tive que amar sozinha, sofrer sozinha, sorrir sem ajuda de ninguém e esquecer. 
Tudo isso era péssimo.
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Não mais. 
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Eu tô indo bem nessa história, não vem me atrapalhar e dizer que não sou feliz assim. Nem pense em mudar minha cabeça, logo agora que decidi que assim é melhor.
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Sozinha.
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Preciso dormir!

terça-feira, 14 de maio de 2013

Tenho duas opções e não tenho uma.
Tenho todos os dias, e ás vezes duas para um único dia.
Juntando as duas, batendo um detalhe de cá com outro de lá, não me sobra metade de uma boa opção.
Engraçado como as duas opções podem se completar em alguns aspectos. Seria perfeito se pudesse ser assim, o que falta de um lado, sobra no outro. Assim vamos compensando aqui e ali.
Talvez, dessa maneira, seria uma boa opção ter duas opções.

Duas opções, nenhuma opção.

domingo, 12 de maio de 2013

E aí que uma preguiça enorme se instalou no meu coração.
Preguiça de sentimento, de paixão, de acreditar, de querer, de começar, recomeçar ou blábláblá.

Já conheço essa história e é tanta energia desprendida pra no final não ser nada. Quanto mais o tempo passa, eu fico menos à vontade de alimentar qualquer coisa e com muito mais preguiça de acreditar.





"Aprendi a amar menos, o que foi uma pena, e aprendi a ser mais cínica com a vida, o que também foi uma pena, mas necessário. Viver pra sempre tão boba e perdida teria sido fatal."

domingo, 5 de maio de 2013

Era importante parecer confiante - ela já tinha percebido isso faz tempo.

Mas como parecer confiante quando as pernas tremem? Quando seus passos são milimetricamente observados? Quando todas as suas ações servem de base para reações muito bem treinadas? Quando se tem total noção que está caindo em um buraco sem fim?

Talvez seu fim seja trágico.
Talvez seja de novo cenas daquele conhecido circo.

Não será a primeira vez que o espetáculo acontece. Talvez não seja a última.

Se a via-crucis virou circo? Bem, estou aqui.
Querido, não vai dar certo essa nossa história. 
Esqueça, entendeu? 
Me esqueça imediatamente. Agora. Já!
Nunca mais sequer lembre que eu existo. Esqueça! 
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E aí, já esqueceu? Ainda não? 
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Já não falei que era para esquecer? Que coisa! 
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Hum... Ah, ufa, já esqueceu! Não? Duvido. 
Ok, esqueceu.
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Tá, tenho certeza que você ainda não esqueceu. Me prove.
Bem, isso não serve de prova. 
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Esqueceu? É, esqueceu...
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Não, espera. 
Quem disse que era para você me esquecer assim?
Voltaqui!