segunda-feira, 21 de abril de 2014

Stand-by

Estranho como o tempo simplesmente não passa.
Horas estátuas, dias paralisados. Nada, nada, nada.
Tudo se arrastando ao meu redor.

Tudo incomoda, irrita, faz o pensamento ir longe.

Longe.

Tudo muito longe, tudo diferente. Tudo meio fora do lugar.
Procurando um lugar.
Mas, que lugar é esse?

Pausa.


Pausa. Dramática.


Tudo assim, suspenso.
Aguardando certezas. Cadê?

Elas demoram. Não chegam.
Vão chegar?


Pra quê? Por que precisar de tantas certezas, menina?
Pra que tanta raiz, tanta âncora, tanto chão?